O furto de cabos e materiais que suportam a rede de energia tem provocado impactos relevantes para o setor elétrico brasileiro, afetando a continuidade do fornecimento e gerando riscos à população. Trata-se de uma prática ilegal que pode causar acidentes graves e até a morte, uma vez que a rede é energizadas e pode provocar choques elétricos durante o manuseio ou reutilização indevida. 

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mais de 88 mil interrupções no fornecimento foram registradas em 2024 devido a furtos de materiais em todo o país. Cada ocorrência durou, em média, 8,64 horas e afetou 47 unidades consumidoras. No mesmo ano, a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), contabilizou 54 mortes relacionadas a esse tipo de crime — um crescimento de 260% em relação a 2014. 

Como forma de contribuir com a prevenção, a CPFL Paulista reforçou neste ano sua atuação ao lado das autoridades em municípios do interior paulista. A distribuidora participou de fiscalizações recentes em ferros-velhos de Bauru, Piracicaba, Guatapará e São José do Rio Preto, com apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e Guardas Municipais, buscando coibir a receptação de materiais furtados da rede elétrica.  

Em Bauru, duas operações foram realizadas com participação de equipes da distribuidora. A primeira, em maio deste ano, resultou na apreensão de objetos com características semelhantes às utilizadas na rede elétrica, que foram recolhidos para avaliação de procedência. Já a segunda, realizada em junho, vistoriou nove estabelecimentos e encontrou 1 kg de fiação de origem suspeita “Mesmo quando não há confirmação de que os itens integram a nossa rede, nossa participação é estratégica para ampliar a rastreabilidade de materiais elétricos e colaborar com o trabalho das autoridades”, afirma Talita Pinotti, gerente de Serviços e Relacionamento com o Cliente da CPFL Paulista.