Guilherme Polanczyk | Foto: arquivo pessoal

O aumento de transtornos mentais entre crianças e adolescentes tem mobilizado pais, educadores e profissionais de saúde no mundo todo. Para refletir sobre as causas e possíveis caminhos para enfrentar esse desafio, o Café Filosófico CPFL recebe, nesta quinta-feira (21), às 19h, o psiquiatra Guilherme Polanczyk para a palestra “Aceleração da comunicação nas telas: saúde mental e desigualdade”. O encontro presencial, com transmissão ao vivo pelo YouTube, integra o módulo de agosto, com curadoria de Marcelo Tas, que discute os impactos da inteligência artificial nas subjetividades, nas relações humanas e no cotidiano.

Segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2021, quase um em cada seis meninas e meninos brasileiros de 10 a 19 anos vive com algum transtorno mental, o que aumenta a vulnerabilidade a quadros como depressão, automutilação e risco de suicídio. Oferecendo o olhar clínico de quem lida cotidianamente com essas questões, Polanczyk abordará como a hiperconectividade e a desigualdade social se combinam para impactar a saúde mental de jovens. “Não é apenas um fator que leva aos transtornos mentais, mas uma combinação de elementos que se acumulam ao longo do tempo e são influenciados por todo o ambiente, incluindo questões econômicas e sociais”, afirma.

Sobre o palestrante

Guilherme V. Polanczyk é professor associado no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e chefe do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. É vice-presidente da International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions (IACAPAP) e referência internacional em pesquisa e políticas públicas voltadas à saúde mental infantojuvenil. Possui formação clínica, mestrado e doutorado pela UFRGS, pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria de Londres e na Duke University (EUA), e Livre-Docência pela USP.