“Me mudei para o Rio Grande do Norte e virei contador de histórias para as crianças”

Bruno Ramos, 38 anos, analista de licenciamento ambiental da CPFL Renováveis, conta sua experiência de ter morado por dois anos no município de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, e participado dos projetos sociais que beneficiam as comunidades próximas ao Complexo Eólico Gameleira.

“O Complexo Gameleira é formado por quatro parques eólicos, subestações, linhas de transmissão, uma complexidade grande de infraestruturas que precisam de licenças dos órgãos ambientais para serem construídas e operar. Um projeto desse porte transforma a vida das pessoas. Gameleira fica na cidade de Touros, vizinha a São Miguel do Gostoso e que tem uma população rural muito grande.

A CPFL Renováveis incorporou essa prática de instalar, desde a fase inicial do projeto, um Centro de Comunicação Social. Essa não é uma exigência legal, mas percebemos que ter essa estrutura in loco ajuda a estabelecer uma relação mais próxima e de confiança com as comunidades. Facilita para a população tirar dúvidas, deixar currículos ou fazer algum tipo de pedido e, com base nisso, nós conseguimos desenvolver ações sociais especificas para aquela região.

"Eu me mudei para o Rio Grande do Norte, porque é importante ter alguém com a nossa cultura e os nossos valores por perto. Outras empresas contratam terceiros para essa função, mas nós entendemos que é melhor ter gente própria."

Foi uma experiência de vida incrível. Nós conseguimos levar para lá um projeto chamado Carreta Literária, que o Instituto CPFL promove. Nós chegávamos com uma carretinha e montávamos uma biblioteca itinerante, com bancos, mesas, espaço de leitura para as crianças. Havia uma contadora de histórias, que lia para as crianças – e muitas delas não eram alfabetizadas ainda. Mas a gente falava: ‘pega o livro, cheira o livro, olha as figuras’. Era como abrir um novo mundo para as crianças, porque não tem uma biblioteca atrativa assim na cidade.

E o acervo que o Instituto CPFL montou era excelente também, porque conecta a literatura com a realidade local. Um dos livros que líamos, ‘Os Três Porquinhos do Agreste’, fazia muito sucesso. Até eu virei contador de histórias em algumas oportunidades.

Outro projeto que me marcou foi a construção de uma praça com resíduos das obras, atendendo um pedido da população local. Na frente de uma escola de uma comunidade quilombola. Junto com os fornecedores do projeto, construímos os móveis, levamos para a praça, criando um lugar único para as crianças e também os adultos.

Nós fizemos parcerias para projetos profissionalizantes, mas a pandemia tornava tudo mais difícil. Não tinha como montar turmas em salas de aula, por causa do risco de contaminação, então os cursos eram mais curtos e com menos pessoas. E todos conectados à realidade local. Um dos cursos foi voltado à capacitação agrícola e gestão da terra, que resultou em melhora nos cultivos e na produção, como os de abacaxi, banana, melão, batata. São pequenos agricultores, com muita experiência na lida da terra, que evoluíram com o apoio técnico para aproveitar melhor os insumos, gestão financeira e evitar desperdícios, aprendendo até a fazer doces com as frutas não vendidas.

Deixamos um legado para a população de Touros. Gostaríamos de ter feito muito mais, entretanto a pandemia inviabilizou alguns projetos, mesmo assim foi sim muito enriquecedor, tanto para mim como para os novos amigos Tourenses que deixamos no local. Pode parecer pouco para quem vive numa cidade como São Paulo ou Campinas, mas é muito transformador para aquele contexto social.”

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